Estes assuntos não são algo novo. A história da humanidade está repleta de exemplos destas doenças infecto-contagiosas e seus resultados funestos. Em todos estes eventos, o corpo de Cristo, a igreja, sofreu abalos, pois invariavelmente alguns irmãos foram contaminados e vieram à óbito. Na história do povo de Deus, algumas situações similares aconteceram e, entre elas, podemos citar a praga que o Senhor enviou em sua ira para castigar a sedição de Corá, na qual pereceram 14.700 pessoas (Nm 16.45-49). Da situação atual quero fazer as seguintes ponderações:
1 – Nada do que está acontecendo é por acaso. Por mais que haja a mão maléfica do homem nesta situação, o Senhor permitiu porque Ele tem um propósito em tudo isto – e este propósito não nos foi revelado no presente momento;
2 – Esta pandemia não é um aviso apocalíptico. Sabemos que o Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento, e a baixa mortalidade apresentada não condiz com nenhuma questão escatológica;
3 – As determinações dos governos humanos para que todos permaneçam em suas casas e que os cultos religiosos sejam suspensos por tempo indeterminado (até que seja debelada esta pandemia) não deve interferir ou interromper o culto a Deus que, na impossibilidade de ser público, deve ser feito individual e familiarmente. Medidas paliativas como transmissões ao vivo ajudam ao povo de Deus a permanecerem “conectados” uns aos outros e a Deus espiritualmente falando;
4 – Que somos cidadãos dos céus, mas que enquanto peregrinos e forasteiros neste mundo, devemos ter responsabilidade para com a vida de nosso próximo e, por isto, todas as medidas de contenção para o avanço do vírus devem ser tomadas com o máximo empenho;
5 – Que a impossibilidade de ter culto público não deve ser impeditivo para permanecermos fiéis a Deus, inclusive com a entrega de nossos dízimos para a manutenção da casa do Senhor; Jamais esqueça ou duvide que nosso Deus está cuidando de nós. Ele é nosso bom pastor (Sl 23) e nada nos faltará em qualquer tempo.
Assim sendo, orientamos a todos a que fiquem em suas casas, e que saiam somente em casos de extrema necessidade (mercado, farmácia, etc). É nosso dever e obrigação cristã resguardar e cuidar do “templo do Espírito Santo” que nos foi confiado (1Co 6.19). É tempo de sossegar a nossa alma e buscar o conforto necessário no Senhor. Como está escrito no salmo 131: “Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando àprocura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha almapara comigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre”.
Fiquem na paz do Senhor.
Rev. Joel