Este capítulo de João fala a respeito da cura de um cego de nascença. Os discípulos olharam para aquele homem e enxergaram um cego; Jesus olhou para ele e encontrou um instrumento para a manifestação da glória de Deus.
Há uma pequena diferença entre olhar e ver. Ainda que estes verbos sejam sinônimos, um aponta para algo específico, enquanto o outro para o todo que está ao redor deste algo, para os pequenos detalhes capazes de lhe dar um significado maior.
Os discípulos precisavam parar de olhar para Jesus como o Messias, e começar a vê-lo como a “luz do mundo” (5). Jesus chamou a atenção deles para o que iria fazer e o que isto resultaria em relação ao reino. A cura do homem não era algo que já não tivessem presenciado em outras ocasiões, mas esta era especial: ela causaria dissensão e furor nos principais religiosos de Israel (v.16, 34 e 40). Os fariseus olharam para Jesus e não viram quem ele era de fato; julgaram-no um infrator da lei do sábado, alguém que não era da parte de Deus, e um pecador (v.16). Olharam para o ex-cego, para o milagre, para as testemunhas do ocorrido, e não conseguiram enxergar Jesus como o Cristo, o Ungido, o Filho de Deus, o próprio Deus encarnado (v.22). E estavam irredutíveis em seus postulados (v.28).
O ex-cego também pode olhar para Jesus e, num primeiro momento, não o reconheceu (v. 36). Jesus se revelou a ele e então tudo passou a fazer sentido (v.37-38).
Hoje muitas pessoas também olham para Jesus. Olham para sua história, para sua vida, para sua obra, mas não conseguem ver quem ele é de fato. São cegos que olham somente o que querem e lhes interessa, e isto lhes servirá de agravante no dia do juízo (v.41; Is 44.18; Mt 13.15). Somente aqueles a quem o Senhor abriu os olhos são capazes de ver sua glória e entender quem é Jesus.
Você consegue “ver” a Jesus?
Um bom e abençoado dia!
Rev. Joel