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Memória. Chama-se memória a faculdade humana em registrar e gravar mentalmente imagens, sons e odores. O cérebro, no exercício de sua função, busca na memória os elementos necessários para que possa reconhecer, entender e responder aos estímulos a que é submetido. Por exemplo: Alguém fala com você. Imediatamente o cérebro decifra os sons, forma palavras, dá significado a elas, entende o sentido da frase como um todo e se prepara para responder. Sem o auxílio da memória os sons se tornariam ininteligíveis, e as palavras sem significado. É a memória que nos faz reconhecer as pessoas, identificar manjares pelo aroma, entre outras atividades. 

O cérebro precisa ser estimulado para que possa “lembrar” daquilo que é importante. Este estímulo geralmente é visual e o chamamos de “memorial”. No texto em questão encontramos o povo de Israel prestes a entrar na terra prometida. Eles já haviam passado por muitas experiências e na memória estava nítida a ação de Deus que os conduziu até ali. O paralelo que devemos criar com o texto é este: Temos vivido grandes experiências com Deus no decorrer de nossa vida, e a cada dia mais nos aproximamos da Canaã celestial. Literalmente estamos atravessando o nosso “Jordão” (vida cristã) na esperança de desfrutar de um lugar melhor. No entanto, quanto mais tempo vivemos e caminhamos, quanto mais experiências acumulamos, mais fraca se torna nossa memória para relembrar todas as vezes em que o Senhor nos guardou e abençoou.

Cada um de nós tem experiências distintas com Deus. Os sacerdotes no instante que seus pés tocaram as águas, elas foram contidas pelo Senhor. Depois, foram até o meio do rio e viram todo o povo passar o Jordão. Apesar de viverem o mesmo momento, a experiência deles foi muito diferente da de Josué ou do povo. Os sacerdotes tiveram seus pés molhados enquanto o povo passou a pé enxuto (3.14-17). Estas experiências nos revelam um Deus pessoal, que se relaciona com seus filhos conforme suas necessidades mais prementes. É comum acreditar que as experiências das outras pessoas são melhores, mais profundas, mais íntimas. Quem lê este texto e se lembra do mar vermelho pode até imaginar que o milagre anterior foi maior, que aquelas pessoas é que foram verdadeiramente abençoadas; podem pensar isto porque vêem o seu Jordão como se fosse um córrego! Mas cada momento é especial, distinto e único; por isto precisa ser lembrado. Os judeus erigiram uma coluna com doze pedras tiradas do rio – uma para cada tribo – e a tornaram um memorial. Quem olhasse para aquela pilha de pedras lembraria o que Deus fez.  Os estudiosos chamam isto de processo mnemônico – que associa palavras e coisas para estimular a memória. Por isto que dias especiais como pedido de casamento, casamento, nascimento dos filhos, conclusão de cursos, todos tem em comum um elemento visual (aliança, certidão de nascimento, diploma, etc.). Relembrar serve também para renovar as esperanças (Lm 3.21-23).

Como anda sua memória? Quais são os memoriais que você estabeleceu para não esquecer o que Deus fez e faz por você? Não importam quantos memoriais serão necessários, mas crie-os e os coloque ao alcance da visão para não se esquecer das misericórdias de Deus sobre sua vida.

Um bom e abençoado dia!

Rev. Joel.

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