“Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu...” – Mt 6.10
A oração do Pai Nosso é conhecida de toda a cristandade; sacerdotes e pastores as ensinam aos seus rebanhos, pais ensinam aos seus filhos, avôs ensinam aos seus netos. O que poucos conseguem entender é que esta oração é um modelo para que outras sejam feitas, que usem a mesma estrutura litúrgica que nela é apresentada. Enquanto o verso 9 aponta para a invocação (a forma de chamar a atenção de Deus), o verso 10 revela o princípio da adoração.
O verbo “adorar” tanto em hebraico como grego expressam a idéia de colocar-se de joelhos diante de alguém, curvar-se reverentemente. Não é necessário orar de joelhos ou com a face no chão para adorar a Deus. A idéia aqui apresentada é o reconhecimento de quem é Deus e o lugar que nós ocupamos em sua presença: aos seus pés. Ele é o rei, o soberano, o Senhor absoluto a quem nos curvamos, nos submetemos e reverenciamos.
É estranho ouvir orações onde as pessoas estão dando ordens a Deus para fazer isto ou aquilo, para curar este ou aquele; também é estranho ouvir que “determinam” estas ou aquelas bênçãos para suas vidas, e “rejeitam” estes ou aqueles eventos ou doenças. As perguntas que deveriam responder a elas mesmas são: Quem é Deus? Quem sou eu? Quem está no comando?
Quem conhece a Deus sabe que ele é o Senhor e é o dono de cada vida. Ele determina todas as coisas, inclusive o tempo de vida, a forma como ela deixará de existir neste mundo e onde ela passará a eternidade. Quem conhece a Deus sabe que ele reina no mundo material e no mundo espiritual, e que absolutamente todos estão sob seu domínio e poder.
A oração para que o reino eterno venha, se manifeste e seja unificado é o mesmo que pedir a volta de Jesus e o fim das coisas como hoje conhecemos. Quantas pessoas fazem esta oração e não sabem o que estão pedindo! Quantas querem as bênçãos de Deus e não querem o Deus das bênçãos! Quantas suplicam que a vontade delas prevaleça porque julgam ter fé!
Quem conhece a Deus quer a volta de Jesus o mais breve possível. Quer o fim da morte, do luto, do pranto e da dor (Ap 21.3-5. Leia! É importante!); quer a vida eterna ao lado do Senhor.
Adorar é reconhecer quem é Deus e quem somos nós na ordem do dia. Adorar é reconhecer o poder do Senhor e seus planos que não podem ser frustrados ou alterados. Adorar é suplicar para que venha o reino de Deus.
Vamos adorar a Deus?
Um bom e abençoado dia.
Rev. Joel