Não há como negar que dezembro é um mês especial. As cidades são decoradas com inúmeras e piscantes luzes coloridas, os postes das ruas ganham atavios, as lojas são ornadas com temas bíblicos e pagãos, músicas natalinas são difundidas pelas rádios, lojas e casas, pessoas perambulam pelas ruas e praças enfeitadas “respirando” esse espírito natalino que está no ar. É nítido o esforço conjunto de todos os segmentos comerciais e públicos para que as pessoas fiquem imersas nesse ambiente criado por hábeis ilusionistas cuja intenção é produzir emoções e sentimentos de generosidade que sejam compartilhados através de presentes.
A narrativa do evangelista Lucas também apresenta o “brilho do natal” ao descrever a intensa luz que brilhou do céu quando o anjo se fez presente entre os pastores (Lc 2.9), e Mateus faz referência à estrela que conduziu os magos até Jerusalém e depois até Belém, parando sobre a casa onde estava o infante Jesus (Mt 2.2 e 9); ao encontrá-lo, os magos o presentearam com ouro, incenso e mirra (Mt 2.11).
A diferença entre a luz de hoje e a dos evangelistas é que a última conduz a Cristo, o salvador do mundo, enquanto a primeira conduz à fábula do Noel, o “bom velhinho” que não salva ninguém, mas concede alguns presentes que produzem uma alegria efêmera. Outra diferença marcante é que a luz deste mundo de Noel brilha de “fora para dentro” na tentativa de evocar bons sentimentos e pensamentos, enquanto a luz de Deus brilha de “dentro para fora” onde Cristo – a luz do mundo (Jo 9.5) – é irradiado através de seus discípulos – você e eu – convocados para anunciar a este mundo tenebroso que, enfim, a luz raiou!
Que a sua luz seja visível em todo lugar.
Feliz Natal!
Rev. Joel