Deidade romana, cujo culto foi instituído oficialmente pelo imperador Aureliano, em 274 d.C, cujas origens mais remotas apontam para o deus persa Mitra, representado iconograficamente por um jovem imberbe. O imperador Constantino tinha o sol invictus como sua cunhagem oficial, até aderir ao cristianismo e promulgar o edito de Milão, onde determinava que o império seria neutro em relação ao credo religioso e, assim, acabando com a perseguição que o cristianismo sofria.
Dada a popularidade do culto ao sol invictus, os cristãos estabeleceram como data comemorativa ao aniversário de Jesus o mesmo dia, com a intenção precípua de anunciar que Cristo era, de fato, a verdadeira luz (Jo 1.9 e 1Jo 2.8).
A atração pela luz é muito forte nesta época do ano. No afã de comemorar o natal, milhões de pequenas lâmpadas multicoloridas são acesas. Quase em todas as casas existem pinheiros iluminados, velas acesas, objetos que brilham chamando a atenção para o natal. A narrativa do nascimento de Cristo também nos informa que uma gloriosa luz apontava a direção para onde o recém-nascido estava (Mt 2.9-10).
Infelizmente as luzes hodiernas chamam tanta atenção para si mesmas que Jesus, a verdadeira luz, parece não resplandecer como antes.
É sempre bom lembrar que não há nada de errado em ter uma luz natalina em casa; afinal, natal é luz! Porém, estas luzes devem ser apenas um indicador que aponta para Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador. Ele é quem deve ser o centro das atenções, da nossa devoção, de nossa alegria, pois ele é a luz do mundo e quem o seguir não andará em trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8.12). Celebrar a “luz” sem que esta seja o próprio Cristo é voltar ao passado, e caminhar nos mesmos passos daqueles que celebravam o “sol invictus” – é idolatria.
Que nossos olhos estejam sempre atentos para a verdadeira luz!
Uma boa e abençoada semana!
Rev. Joel