Diz um ditado antigo que a primeira impressão é a que fica, portanto, cuidar da aparência física é um bom começo. Uma pessoa asseada, bem vestida, perfumada, com o cabelo cortado e penteado certamente será aceita em qualquer lugar.
O contexto mostra o profeta Samuel na casa de Jessé cumprindo uma ordem de Deus – ungir o novo rei de Israel. Quando entrou Eliabe em sua presença, Samuel viu e disse: “certamente está perante o Senhor o seu ungido” (v.6). Eliabe havia impressionado ao profeta, talvez por ser o primogênito, ou por sua beleza, ou estatura, ou altivez, ou ainda pela soma de todos estes atrativos (v.7). No entanto, este não era o escolhido de Deus. Os outros seis filhos passaram diante de Samuel, mas nenhum deles era aquele que o Senhor havia destinado para ser o rei de Israel (v.10). O oitavo filho era Davi, o mais jovem – como se costuma dizer: o caçula (11).
Há algumas lições preciosas neste evento. A mais evidente é a respeito de Samuel, onde ele não deveria julgar uma pessoa por sua aparência, pois somente Deus pode sondar o que está no mais íntimo do nosso ser. A outra é para Jessé, que desprezou seu filho mais moço preterindo-o de cear com o profeta (v.11). Por fim, há uma lição para todos os filhos de Jessé e para Samuel: Deus tem um plano para cada vida, seja mais velha ou mais jovem, mais estruturada fisicamente ou não, mais preparada para a vida ou menos vivida.
Quem de nós já não se enganou por causa da aparência de alguém? Qual pai já não valorizou mais os filhos mais velhos do que o mais novo? Ou então menosprezou seu filho ao compará-lo com outros jovens?
Não se deixe enganar pelas aparências. Olhe para as pessoas com o mesmo olhar submisso e obediente de Samuel. Lembre-se que sua impressão delas não deve interferir na aceitação daquilo que Deus determinou, pois somente o Senhor conhece o mais profundo do nosso ser. Samuel teria cometido um grande erro se seguisse a sua intuição!
Vamos olhar além das aparências?
Um bom e abençoado dia.
Rev. Joel