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Como caíram os valentes, e pereceram as armas de guerra!” – 2Sm 1.27

 

Quanto mais a pandemia perdura, mais vítimas fatais ela faz. O mundo contabiliza quase 1 milhão de mortos e dentre eles muitos cristãos fiéis ao Senhor. Como entender – e aceitar – estas baixas no cristianismo? Seria falta de fé? Desobediência? Pecados não confessados?

Nenhuma das três hipóteses se aplica a este momento. O primeiro fato relevante que devemos contemplar é que esta pandemia não é uma disciplina do Senhor para corrigir especificamente seus filhos e ceifar suas vidas neste mundo. Outro fato é que esta pandemia não está vinculada à fé – ou a falta dela -, mas é uma permissão divina para revelar ao mundo que o homem não está no controle, apesar dele desejar ardentemente “brincar de Deus” e manipular elementos genéticos fazendo prospecções dos seus resultados a curto, médio e longo prazo. Não há dúvida que esta pandemia existe por causa do pecado do homem, mas ela apenas serve de instrumento nas mãos de Deus para propósitos que os homens não conseguem alcançar. 

Voltando aos valentes de Deus que tombam no processo, qual seria o motivo? Foram eles “colhidos” antes do tempo? Não! A palavra de Deus é clara em afirmar que todos nós temos um tempo determinado pelo Senhor e que, findo este, independentemente se achamos que é pouco ou muito, Deus recolhe aos tabernáculos eternos os que são seus. A forma como isto acontece – seja uma enfermidade, idade avançada, acidente, violência urbana, falência de órgãos ou qualquer outro meio – pertence exclusivamente ao Senhor. 

Se nossa morte já está definida e determinada (Sl 139.16; Jó 14.5), porque angustiar-se ao vê-la se aproximar? A angústia vem por causa da dor e do sofrimento que muitas vezes a acompanha. Ninguém gosta de sofrer ou ter dores, nem tampouco de ver aqueles que amamos passando por este processo. Porém, quando a morte se instala devemos recebê-la como a amiga que recepciona e nos abre o portal da eternidade, que põe fim ao mundo cronológico como conhecemos e nos introduz no mundo eterno de Deus onde habitaremos para sempre. É normal e aceitável que os que ficam sintam falta, saudades, sintam tristeza e um aperto no peito porque desejam que seus entes queridos permaneçam mais um pouco; porém, os que são cristãos de fato contam com a consolação do Espírito Santo que confirma em seus corações a graça e as promessas de acolhimento do Senhor. 

Precisamos lembrar sempre que cristianismo não é “vacina” contra pandemia ou outra doença qualquer, nem tampouco é uma redoma que protege o fiel de todo e qualquer perigo a que esteja exposto. Ser cristão é estar preparado para encontrar-se com o Criador a qualquer momento, seja qual for o motivo e a idade que possua, com paz e tranqüilidade de quem está na presença do Pai amoroso que abriga em seus ternos e eternos braços. 

Você está preparado para encontrar-se com o seu Criador?

Um bom e abençoado dia.

Rev. Joel 

 

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