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A pastoral de hoje focará na segunda parte do Pai Nosso. A oração é o meio pelo qual nos aproximamos de Deus e nos tornamos mais íntimos dEle. Para uma vida com Deus é indispensável o momento de oração, nossa vida com Deus e transformação em nossa vida pessoal, no lar e na igreja, vem por meio da oração. Na primeira parte da oração que Jesus ensinou a seus discípulos estudamos o ser de Deus e sua glória: Nome, Reino e vontade de Deus.

Hoje, focaremos a atenção na segunda parte da oração ensinada por Jesus, que aponta para nossa dependência de Deus em nossas necessidades, mais especificamente no texto de Mateus 6.11-13. Devemos reconhecer, em oração, nossa total dependência de Deus.

Na oração, devemos reconhecer nossa dependência de Deus no sustento diário. Devemos pedir a Deus coisas de que precisamos para viver uma vida saudável. A oração que Jesus ensinou não autoriza alguém pedir uma vida de luxo, extravagância ou futilidades, nosso pedido deve centrar-se na vontade do Pai. Lembremo-nos de que o contentamento na vida não é adquirido por intermédio dos bens que possuímos, mas por uma vida submissa a Deus, dedicada ao Senhor, com nossas alegrias e prazeres voltados para a glória do Senhor. O apóstolo Paulo afirmou, “…aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.” (Filipenses 4.11), assim também nós devemos viver. A oração nos ensina a ser moderados e concede-nos a confiança expressa no poder de Deus, que supre cada uma de nossas necessidades diárias. O Senhor Jesus disse que o Pai celeste sabe, que precisamos de vestimenta e de alimento. Então, na dependência de Deus, a oração é um instrumento pelo qual confessamos duas coisas ao mesmo tempo, a estreiteza de nossos recursos e a extrema largueza dos recursos do poder e do amor de Deus.

Jesus Cristo perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores (vs. 12), neste sentido temos uma expressão profunda da maturidade cristã, quando aprendemos a perdoar sem esperar algo em troca. O perdão é tão indispensável à vida e à saúde da alma como o alimento para o corpo. O pecado é comparado a uma “dívida”, porque merece o castigo. Mas quando Deus perdoa o pecado, Ele cancela a penalidade e anula a acusação de que há contra nós. Somente o Senhor dos senhores pode fazer isso, algo que é impossível aos olhos humanos é totalmente possível para o Pai Celeste. Devemos aprender a confessar os nossos pecados.

A prática da confissão é nossa apresentação diante de Deus para nos declararmos culpados de pecados pessoais e específicos, com o propósito de obter perdão e purificação, mediante a obra substitutiva de Jesus Cristo. A confissão verdadeira remove a crise provocada pelo pecado e restaura a comunhão perdida com o Pai. Ao orarmos a Deus, pedindo o seu perdão, devemos também ter um coração disposto a perdoar. 

O Perdão é vital para a vida cristã, nós sempre achamos que não devemos perdoar, pois achamos que o próximo não merece o perdão, mas se lembre que nós não merecemos o perdão do Pai, mesmo assim por amor, para a Sua própria glória, somos perdoados, lavados, redimidos de nossos pecados. Isso não significa que se perdoarmos alguém, passamos a ter o direito de sermos perdoados por Deus.

O perdão de Deus é sem qualquer mérito da nossa parte, ou seja, é incondicional. Contudo, o verdadeiro crente em Jesus Cristo deseja o perdão de Deus na mesma medida em que ele deseja perdoar e perdoa a quem quer que seja. Assim, a evidência de um verdadeiro arrependimento é um espírito perdoador. Perdoar e pedir perdão são parte integrante da vida cristã. Todos nós temos a necessidade de perdoar. O perdão e a confissão fazem bem e restauram os relacionamentos.

Onde há relações partidas, feridas não resolvidas, mágoas não tratadas e relacionamentos interrompidos, demonstra claramente a falta de perdão e de confissão ao Senhor. Consciência pesada por falta de perdão gera armazenamento de mágoas no coração e tormento por pensamentos, e sentimentos maus e destruidores. Por isso, é importante a consciência de que o perdão de Deus, em termos de relacionamento restaurado, exige relacionamento restaurado também com outros que nos ofenderam.

Somente o Senhor pode livrar-nos do mal e não nos deixar cair em tentações, é sempre uma tragédia para a vida cristã e para a nossa comunhão com Deus quando caímos em tentação. Nosso Senhor nos ensina a pedir que não caiamos em tentação. A tentação induz ao pecado, nos enfraquece, nos afastar de Deus, nos entristece e roubar nossa alegria em Jesus Cristo, gerando endurecimento em nosso coração, dentre outras coisas. O melhor dos santos pode ser tentado pelo pior dos pecados. Mas, ser tentado não é pecado. Cair na tentação, isso sim, é pecado. O tentador é bem esperto e nos tenta em momentos oportunos, mais vulneráveis. Jesus foi tentado quando estava com fome. O adversário tenta nos momentos de carência, necessidade, quando estamos mais fragilizados. Tomemos cuidado com nossas carências e fragilidades.

Jesus foi tentado também quando estava só, provavelmente com fome, sede, cansaço. Nesses momentos somos mais tentados. Após um momento de auge espiritual, tendemos a baixar a guarda, então tornamo-nos mais vulneráveis. Quando estamos debilitados, então o inimigo aproveita-se para tentar-nos no ponto fraco. Quando estamos sós, somos mais tentados ainda, pois ninguém está vendo. Neste sentido para não ficarmos fracos temos a solução ensinada por Jesus Cristo, Nosso Senhor, Jesus disse; “Vigiai e orai, para que não entreis e tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26.41).

A luz deste texto faremos três aplicações: 

Entenda que se orarmos como Jesus nos ensina, experimentaremos em Deus satisfação e alegria em depender dEle, somos sustentados por Ele, o perdão com Deus e com outros, o livramento da tentação, vem do Senhor e isso é causado pela comunhão que traz revitalização espiritual. Ore ao Senhor intensamente.

Saiba que o Senhor os ensina que devemos viver no centro de Sua vontade, a vontade do Pai é ser adorado, glorificado, neste sentido, tenha Jesus Cristo como o Senhor de nossas vidas, pois somente em Cristo encontraremos forças para superar e aproximarmos em oração de Cristo Jesus.

Dedique-se agora mesmo, dobre seus joelhos e ore ao Senhor.

Invista seu tempo para conversar com o Pai celestial, o Rei dos reis, nosso Senhor.

Que Deus o abençoe!

Rev. Cristiam Matos

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