“Levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente”.
A história de Ana diz respeito a todas as pessoas que se sentem incompletas. Ana era casada com um homem que a amava (1Sm 1.5). Isto não significa que tudo eram flores, haja vista que seu esposo tinha uma outra esposa e com ela tinha uma família formada (v.4). Esta segunda esposa não era uma pessoa boa, pois provocava Ana excessivamente para irritá-la, e conseguia seu intento porque Ana chorava e não se alimentava (1Sm 1.7). Seu marido não compreendia seus sentimentos e a repreendia severamente dizendo-lhe que não havia motivo para choro, jejum e tristeza (1Sm 8). Para piorar sua situação, nem mesmo seu sacerdote entendia o que se passava em sua alma e a acusou de estar embriagada (1Sm 14).
Você já teve uma situação semelhante? Onde uma pessoa a provoca e irrita constantemente? Que quer o seu lugar de direito? Tem pessoas que a amam, mas que não conseguem entender seu sofrimento? Acha que seu pastor faz mal juízo de sua pessoa? Só estas coisas já são suficientes para deprimir qualquer vida.
Ana tinha um agravante: ela era estéril. Ela se considerava afligida de Deus, castigada por algo que nem mesmo entendia o que era. Naquele tempo uma esposa só estava completa e feliz se fosse mãe. Ana queria muito, mas não era o tempo de Deus para a sua vida.
Ana suportou todas estas coisas calada. Nem mesmo suas orações eram feitas em voz alta (1Sm 13). Ela poderia se jogar no fundo de uma cama ou se rebelar contra seu esposo, ou entrar em vias de fato com a segunda esposa, ou ainda romper laços com seu Deus, ou ainda tudo isto ao mesmo tempo; no entanto, Ana preferiu calar-se e derramar-se diante do Senhor em oração. Colocou todas as suas mágoas e amarguras de alma diante de Deus e chorou abundantemente (1Sm 1.10); e fez isto mais de uma vez (1Sm 1.16). Qual foi o resultado desta atitude? Na palavra do sacerdote encontrou acolhida (1Sm 1.17) e na oração encontrou consolo (1Sm 1.18). No tempo de Deus ela engravidou e se tornou uma mulher completa.
O mesmo princípio pode ser aplicado em sua vida. Não sei qual necessidade está atribulando sua alma, tirando seu apetite, atrapalhando o seu sono, mas sei que o Senhor sabe. Não sei quais são suas angústias, suas ansiedades, sua amargura do coração, mas sei que se você colocá-las diante do Senhor em oração ele as ouvirá atentamente e, no seu tempo, lhe concederá a sua bênção.
Meu desejo, como seu pastor, é que vá em paz, e o Deus de Israel lhe conceda a petição que você fez (1Sm 1.17).
Um bom e abençoado dia!
Rev. Joel