“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” – Ef 6.13
Todo cristão consciente entende que a vida com Cristo não é “mar de rosas” ou “sombra e água fresca”. Ainda que nosso país não promova a perseguição religiosa, os valores cristãos são contrários àqueles que muitas vezes nossos líderes demonstram, e que manter-se firme na fé bíblica e teológica é um desafio constante.
Como vimos anteriormente, a luta do cristão não é contra o que ele vê, mas justamente contra aquilo e aqueles que não consegue distinguir com clareza porque estão ocultos pelas sombras e sob a influência do maligno. Quando menos se espera, dos cantos mais obscuros, surgem perigos que podem causar danos físicos, morais e espirituais. Paulo advertiu aos irmãos de Éfeso para que estivessem atentos às ciladas do diabo e suas investidas (6.11), e esta exortação se aplica plenamente a qualquer cristão que realmente está engajado no reino de Deus.
A palavra grega que Paulo usou para armadura é “panoplia”, e ela descreve uma armadura completa e que incluía escudo, lança, espada, capacete, peitoral e grevas (uma espécie de caneleiras que protegiam do joelho até a parte superior dos pés). Paulo reforçou a importância de tomar para si e usar esta armadura que Deus proporcionava tendo em vista a proteção que ela oferecia, e isto não deveria ser desprezado em momento algum (v.11 e 13). Ele acreditava que era ela a razão pela qual o crente poderia resistir no dia mau e nos dias que se seguiriam, de batalha ferrenha e aguerrida. Era ela que fazia as flechas resvalarem ou, se atingissem a armadura, não causassem dano letal. Paulo a considerava um instrumento eficaz e extremamente útil para que o cristão permanecesse inabalável.
Uma armadura “pela metade” não protege ninguém assim como ser um crente “mais ou menos” não evita a vergonha diante de Deus. De quê adianta se dizer cristão e ser condenado por ter efetivamente cometido um crime? Quê glória há nisto? (1Pe 2.20. Leia! É importante!).
Vivemos dias maus: dias de angústia, de incertezas e de trevas. Como vamos sobreviver a eles? Como escapar das suas investidas? Só existe uma forma: tomar toda a armadura de Deus, usá-la com honra e sabedoria, confiar plenamente em nosso comandante que nos levará a vitória final.
Um bom e abençoado dia!
Rev. Joel