O Evangelho de Marcos tem como objetivo principal falar de Jesus e apresenta-lo como o Cristo, que é também o Filho de Deus. Isso aparece logo no primeiro versículo, o qual afirma: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.”
Nos versículos vigésimo primeiro ao vigésimo oitavo, Jesus estava em Cafarnaum, uma cidade ao norte de Israel, e, no sábado, foi à sinagoga onde demonstrou grande autoridade e todos ficaram admirados. Jesus ensinava com uma autoridade como nunca os ouvintes tinham testemunhado antes, Jesus demonstrou autoridade sobre um demônio, expulsando-o de um homem possesso.
Marcos ensina aos leitores que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Deus encarnado. O desejo de Marcos é para seus leitores, crer em Jesus, confessar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, pois Ele é o Filho de Deus, o verbo que se fez carne e habitou entre nós.
Os versículos vigésimo nono a trigésimo quarto, Marcos registra a autoridade de Jesus para curar e libertar. Portanto, a pastoral será sobre o ministério de cura e libertação de Jesus. O tema será a “Autoridade de Jesus para curar e libertar”.
Logo após Jesus ensinar com autoridade na sinagoga, e também expulsar o demônio de um homem que estava possesso, todos os presentes na sinagoga ficaram grandemente admirados e espantados. Jesus e seus quatro primeiros discípulos foram à casa de dois deles, Simão Pedro e André.
Chegando lá, a sogra de Pedro estava acamada, com febre, conforme Marcos afirma no trigésimo versículo. Lucas, ao registrar esse mesmo episódio, no quarto capítulo e trigésimo oitavo versículo, sendo ele médico, aponta um detalhe importante, pois afirma que a sogra de Pedro “achava-se enferma, com febre muito alta”. No evangelho segundo João no quarto capítulo do quadragésimo sexto a ao quinquagésimo quarto, registra uma cura realizada por Jesus, também de uma febre. Na ocasião, Jesus estava em Caná da Galiléia, e, de Cafarnaum, foi procura-lo um oficial do rei, cujo filho estava doente, e pediu que Jesus fosse até Cafarnaum “para curar seu filho, que estava à morte.” A enfermidade do rapaz era gravíssima, pois estava à morte.
Contudo, Jesus não precisou se deslocar de Caná da Galiléia até Cafarnaum para curar o filho do oficial do rei, pois com uma palavra ordenou a cura, e o rapaz foi curado à distância. Jesus estava em Caná da Galiléia e curou o rapaz em Cafarnaum. Quando o oficial chegou em casa, o moço estava curado da “febre mortal”, precisamente à hora em que Jesus ordenara a cura.
Hernandes Dias Lopes escreveu um livro com o título “O evangelho dos milagres” baseado no evangelho de Marcos, neste livro encontra-se a citação de Adolf Pohl, um comentarista bíblico, qual relata que a febre mortal deveria ser malária, considerando que Cafarnaum ficava numa região pantanosa, com clima subtropical, favorável à proliferação da doença. Lucas era médico e registra que a sogra de Pedro, em Cafarnaum, estava com febre muito alta, apontando a gravidade da doença daquela mulher. Jesus aproximou-se e tomou-a pela mão, e diz o texto que “a febre a deixou, passando ela a servi-los.”. A cura foi instantânea e os sintomas da enfermidade desapareceram repentinamente.
Marcos continua em seu registro demonstrando de forma extraordinária o que Jesus continuará a fazer, no trigésimo segundo versículo na primeira parte encontramos, “A tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos…”, no trigésimo terceiro versículo, “Toda a cidade estava reunida à porta” da casa de Pedro e no trigésimo quarto, “E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades…”
Neste registro de Marcos podemos identificar de forma clara que não havia enfermidade que suportava a presença de Jesus Cristo, aquele que era o Filho de Deus, todos os enfermos que foram trazidos, também foram curados.
Marcos de forma extraordinária ensina aos leitores, que Jesus Cristo era o Filho de Deus, e se Ele era o Deus encarnado as pessoas podiam ir a Ele, podiam confiar nEle, crer nEle, ter esperança nEle, fazer dEle o alicerce para a vida e para a alma, não somente nesta vida, mas por toda a eternidade.
Jesus cura o enfermo, liberta o cativo, Ele não curou somente de toda sorte de enfermidades, mas também libertou todos os que foram trazidos a Ele e que estavam cativos, presos, escravizados, acorrentados pelo diabo. Jesus liberta todos os oprimidos do diabo, não há demônio que suporte a autoridade e o poder de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Os demônios não podem permanecer diante de Jesus, não podem suportar a glória de Jesus, não podem continuar prendendo, escravizando e acorrentando aqueles que Jesus Cristo, o Filho de Deus, chama e liberta.
Marcos queria que seus leitores soubessem quem Jesus era!
Você sabe quem Jesus é?
Você conhece a Jesus Cristo, o Filho de Deus?
Marcos ensina que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Deus encarnado, razão pela qual as pessoas devem ir a Ele, confiar nEle, crer nEle, ter esperança nEle, experimentar cura e libertação nEle, fazer dEle o alicerce para a vida e para a alma, não somente hoje, mas, por toda a eternidade.
A luz deste texto, faremos algumas aplicações:
A cura e a libertação eram itens obrigatórios para Jesus, pois o identificavam como o Messias, o Cristo, o Filho de Deus, os profetas do Antigo Testamento, embora com grande poder para cumprir os propósitos de Deus, não podiam fazer todos os milagres que queriam ou que lhes eram pedidos. Eles desempenhavam tarefas limitadas, para as quais Deus os capacitava em casos específicos.
Com Jesus é diferente, seu poder é ilimitado, infinito, somente Ele pode curar e libertar. Esse poder sobrenatural, ilimitado e infinito, demonstrado por Jesus, era sua credencial, o identificava como o Messias, o Cristo, o Filho de Deus que deveria vir ao mundo.
Curar e libertar eram itens obrigatórios para Jesus, pois o identificavam como o Messias, o Cristo, o Filho de Deus prometido que deveria vir ao mundo. Eram suas credenciais, mas, preste muita atenção a um fato importantíssimo.
Há algumas correntes teológicas que afirmam que Jesus carregou para a cruz as nossas enfermidades. Cristo NÃO carregou nossas doenças físicas para a cruz. Jesus Cristo carregou para a cruz os nossos pecados.
Qual é o problema em acreditar que Cristo carregou para a cruz as nossas doenças físicas?
O problema é que a obra da cruz é eficaz, Ele morreu na cruz carregando os nossos pecados, posso crer, verdadeiramente, que sou perdoado, redimido, lavado. Não tem como Deus, não perdoar nossos pecados, considerando que nosso Senhor e salvador, carregou-os para a cruz e morreu na cruz, levando sobre si nossos pecados.
Isso não pode ser dito das nossas doenças físicas. A obra de Cristo na cruz está relacionada com a justiça de Deus contra nosso pecado. Deus se ofende profundamente quando o pecado surge diante de seus olhos, pois o pecado é a quebra e a transgressão da Lei de Deus.
Jesus Cristo pode curar e libertar ainda hoje, e tem feito isso.
Jesus Cristo, o Filho de Deus, se importa com aqueles por quem morreu e ressuscitou.
Temos a tendência de buscar a Deus e a Jesus Cristo depois que percebemos que não há mais jeito. Contudo, as Escrituras Sagradas nos orientam a buscar a Deus em oração em todos os momentos e circunstâncias.
Em Jesus encontraremos cura e libertação, e mesmo que morra nesta vida, estaremos com o Senhor na glória eterna.
Marcos queria que seus leitores soubessem que Jesus Cristo era o Filho de Deus, o Deus encarnado, razão pela qual as pessoas podiam ir a Ele, confiar nEle, crer nEle, ter esperança nEle, experimentar cura e libertação, e fazer dEle o alicerce para a vida e para a alma, não somente nesta vida, mas por toda a eternidade.
Confie em Cristo, entregue-se e consagre-se a Cristo. Ele é o Filho de Deus.
Rev. Cristiam Matos.