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Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto” – Jo 14.7

Em nossa vida temos diversos momentos que são divisores de “águas”, por exemplo: Quando aprendemos a ler e escrever deixamos de ser analfabetos; quando nos casamos deixamos de ser solteiros; quando recebemos nossa habilitação para dirigir nos tornamos motoristas credenciados, etc. 

Na vida espiritual também existe um momento de transição que é muito importante. Recebemos informações sobre religião (qualquer uma) desde a mais tenra idade. Elas nos chegam através de histórias contadas, desenhos animados, filmes, prédicas, acessos à internet, enfim, de diversas formas e fontes. Independentemente da qualidade das informações, nenhuma delas tem poder para mudar nosso “status” de criaturas de Deus e, assim, somos como todas as pessoas do mundo – pecadoras que carecem da graça do Espírito e da glória resplandecente de Deus para escolhê-las e salvá-las. Somente quando o Espírito Santo convence do pecado, da justiça e do juízo divino é que as pessoas podem efetivamente entender o que é ser filho de Deus (Jo 16.8; Jo 1.12). Este é o único conhecimento que transforma criaturas em filhos, pecadores destinados ao inferno em justificados para viver eternamente no reino. 

Retornando ao texto escolhido (Jo 14.7), podemos ver que Jesus falava aos seus discípulos sobre esta transição onde o conhecimento verdadeiro seria revelado. Até então eles andavam com Jesus, ouviam Jesus, serviam a Jesus, conversavam com Jesus, mas ainda assim não o conheciam como deveriam. Faltava-lhes algo importante: ligar “os pontos” entre a pessoa de Jesus e a pessoa de Deus para entender que eram a mesma pessoa. Jesus era e é o Deus encarnado (Mt 1.23; Jo 1.14; 10.30), mas seus discípulos ainda não conseguiam entender isto. 

Até o verso 7 João registrou a conversa com Tomé, e no verso 8 Filipe entrou e pediu a Jesus que mostrasse o Pai. A resposta de Jesus a Filipe nos versos 9 e 10 (leia! É importante!) deixa evidente que ele também não tinha entendido nada a este respeito. Numa conversa específica com Pedro o Senhor lhe deu uma importante tarefa que demonstrou claramente que eles ainda não haviam passado por esta conversão (metanóia – mudança de mentalidade): “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22.32). 

Em nossos dias muitas pessoas também não conseguem ver em Jesus a pessoa do Pai, mesmo depois de presenciarem tantas obras maravilhosas, e de lerem as sagradas escrituras. Muitas pensam em Jesus como um homem especial, diferente, tocado pelo divino, um santo de Deus, mas são incapazes de reconhecer quem ele de fato é. Elas não têm intimidade com Deus o suficiente para reconhecê-lo em Cristo, e não tem intimidade suficiente com Cristo para enxergar o Pai em suas palavras e atos. 

A intimidade do Senhor, de fato, é para aqueles que o temem, para aqueles a quem o Senhor quiser revelar (Sl 25.14). Não há mérito ou esforço humano capaz de chegar a este entendimento sem a ação do Espírito Santo em suas vidas (Jo 16.26; At 10.45; 15.8; Rm 5.5; 1Co 12.3; Ef 1;13; Tt 3.5; 1Jo 5.6-7). 

Você conhece o Pai? Consegue vê-lo nas palavras e obras de Jesus?

Um bom e abençoado dia!

Rev. Joel

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