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Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” – Mt 15.19

 

Não há como negar que são tempos difíceis. O isolamento social exigido é um tormento para muitas pessoas que estão cansadas de ficarem presas dentro de seus lares. Utilizar a palavra “quarentena” é um eufemismo para os mais de cem dias de reclusão domiciliar. Os noticiários mostram que os parâmetros para a flexibilização oferecida foram desrespeitados neste “feriadão” de sete de setembro. Milhares de pessoas lotaram praias e locais públicos, sem contar as diversas festas nas ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro (o que não ficou restrito à estes estados…). O descaso generalizado terá conseqüências à curto prazo, pois a proliferação de casos de contaminação fatalmente irá acontecer.  

O texto escolhido é uma fala de Jesus à multidão (Mt 15.10) justamente a respeito de contaminação. A discussão era sobre comer sem lavar as mãos – uma regra dos antigos que os discípulos desrespeitaram e que os fariseus e escribas cobravam uma atitude de Jesus. O Mestre convocou a multidão e proferiu estas palavras porque estava preocupado com outro tipo ainda mais nocivo de contaminação, um que era capaz de infectar o corpo e o espírito, e tinha origem no coração. Creio que está claro que Jesus não pensava no músculo cardíaco, mas na sede dos pensamentos e também dos sentimentos: o cérebro. 

A atividade da mente é impulsionada por estímulos visuais e sensoriais que promovem respostas capazes de oferecer condições de luta ou fuga conforme as racionalizações feitas à partir das informações preconcebidas. Por exemplo: Sentimento de solidão estimulará a mente a produzir formas de livrar-se dela; sensação claustrofóbica estimulará um modo racional de sair do ambiente fechado para um lugar aberto; insatisfação física e amorosa incentivará a mente a criar mecanismos para que esta necessidade seja saciada, e assim por diante. Jesus falou para as pessoas de sua época – e fala para a nossa também – com a intenção de que elas policiem seus “corações” a fim de que não sejam contaminadas pelo mal ao racionalizarem e escolherem suas atitudes futuras. 

Zelar da própria saúde é uma responsabilidade intransferível. Seu compromisso é com a vida de forma integral e, e por isto, cuide das suas emoções e pensamentos; fique atento para que seu coração não se contamine pelo mal e o faça seguir o caminho daqueles que desrespeitam os valores morais e espirituais que o Senhor estabeleceu. Lembre-se das palavras de Provérbios 3.7-8: “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos.”

Um bom e abençoado dia!

Rev. Joel. 

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