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As palavras iniciais deste salmo são citadas por Paulo em sua Primeira carta aos Coríntios 10.26 com o intuito de mostrar que todos os alimentos podem ser usados, porque tudo vem do Senhor. O Senhor não é o Deus só de Israel, mas o Deus do mundo inteiro. Este lhe pertence, bem como tudo o que nEle vive. Ele é seu, porque Ele é seu Criador. A fundação da terra é descrita em termos que lembram outros relatos da criação constantes no antigo Oriente Próximo. Outras passagens veterotestamentárias usam linguagem semelhante a saber em Salmos 104.5-6; 136.6; Jó 38.4.

Os filhos de Abraão sendo confrontados com todo o restante da humanidade, para que a graciosa benevolência divina, selecionando-os dentre todas as demais nações e envolvendo-os nos braços de sua graça, pudesse resplandecer ainda mais claramente. O objetivo do início do Salmo é demonstrar que os judeus nada tinham de si mesmos que pudesse qualificá-los a chegar mais perto ou a ter maior familiaridade com Deus do que os gentios.

Deus, por sua providência, preserva o mundo, o poder de seu governo se estende igualmente a todos, de modo que ele deve ser adorado por todos, ainda quando Ele também revela a todos os homens, sem exceção, o cuidado paternal que mantém sobre eles.

Davi os convida e os exorta à santidade, lhes assegura que era razoável que aqueles a quem Deus adotou como seus filhos, foram chamados por Ele, portassem certas marcas peculiares a si próprios e que não se assemelhassem totalmente aos do mundo. Os cristãos foram encorajados a cultivar a santidade, não se parecer com os não cristãos. Em suma, o salmista proclama a Deus como o Rei do mundo inteiro, com o fim de levar os homens a saberem que, mesmo pela lei da natureza, são obrigados a servi-lo.

Ao declarar que Deus havia feito um pacto de salvação, deu aos filhos de Abraão o símbolo de sua presença, para por esse meio assegurar-lhes sua habitação no meio deles. Ele ensina que devem esforçar-se por nutrir a pureza de coração e de mãos, se quisessem ser considerados os membros de sua sagrada família. Para ser o filho que o adore tem que haver mudança completa de vida, buscar, obedecer está relacionado ao amor. Se o fazemos será feito por amor e não por obrigação e isso quem provoca em nossos corações é o Senhor.

O salmista confirma a verdade de que os homens estão legalmente sob a autoridade e poder de Deus, de modo que em todos os lugares do planeta, devem reconhecê-lo como o Rei e amá-lo por ser nosso Rei. A extraordinária providência divina é nitidamente refletida em toda a face da terra, em todos os lugares, em toda a criação encontramos a presença do nosso Senhor. E com o fim de comprová-lo, Ele lança mão da terra, que é a prova mais evidente. Como é que a terra paira sobre as águas, senão porque Deus propositadamente tencionou preparar uma habitação para os homens.
Os próprios filósofos admitem que, como o elemento líquido é em maior quantidade que a terra, é contrária à natureza dos dois elementos alguma parte da terra continuar a seco e habitável. Conseqüentemente, Jó 28.11-25  enaltece, em termos magnificentes, que o maior milagre pelo qual Deus refreia a violenta e tempestuosa fúria do mar, para que não traga a terra, o que, se o mesmo não fosse contido, imediatamente o faria e produziria horrível confusão.

Moisés esquece de mencionar isso na história da criação, em sua narrativa que as águas se espalharam tanto que cobriam a superfície da terra, acrescenta que, por uma ordem expressa de Deus se retiraram para um lugar definido, a fim de deixar espaço vazio para as criaturas vivas que subseqüentemente foram criadas como encontramos no livro do Gênesis.

À luz desta passagem, aprendemos que Deus tomou precaução em relação ao homem mesmo antes de o mesmo existir, já que se pôs a preparar-lhe uma habitação e outras conveniências, e que, Ele não considerou o homem como inteiramente estranho, visto que tomou medida em prol de suas necessidades, não com menos liberalidade do que faz o pai de família em favor de seus filhos. Visto que desde a criação do mundo Deus estendeu seu cuidado paternal a toda a humanidade, a prerrogativa de honra.

Aprendemos que todas as coisas estão debaixo do desejo de Deus, nada foge de seu controle, por isso encontramos o maior mandamento que já fora ordenado, o amor.

Todas as coisas foram criadas para Ele, por Ele, para a glorificação dEle. Jesus Cristo veio ao mundo. O verbo que se fez carne para cumprir em amor todas as ordenanças e exigências do Pai. Cristo Jesus o faz em amor e por amor ao Pai para a glória do Pai.

Neste sentido devotar-se à santidade é amá-lo sobre todas as coisas, obedecer ao Senhor é a manifestação de nosso amor ao Senhor, alegrar-se em Jesus Cristo é amar ao Senhor sobre todas as coisas.

Adore ao Senhor, em amor verdadeiro e pleno, não existe nada que não tenha sido criado, que não seja para adorá-lo.

O pacto da Salvação feito com Abraão se cumpri perfeitamente com a Salvação em Jesus Cristo. Louvado seja ao Senhor!

Deus abençoe nossa vida!

Rev. Cristiam Matos

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