“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” – Jo 14.13-14
Muitas pessoas acreditam que orações são como fontes dos desejos: basta uma moeda de troca que todos os pedidos serão satisfeitos. Movidas por este pensamento (quando é racional e intencional) ou por sentimento (quando é emocional e ilógico) oram a Deus e fazem promessas que até estão dispostos cumprir, desde que os desejos ou as necessidades sejam supridas conforme as expectativas de quem faz a oferta. Algumas delas alcançam as bênçãos solicitadas e (como são pessoas de caráter) cumprem o que prometeram tornando-se pagadoras de promessas. Seria isto que Jesus queria ensinar aos seus discípulos? Seria isto que Deus espera dos cristãos?
Mais uma vez a resposta está no contexto. Os versos que antecedem dizem respeito a conhecer a Deus, a crer no Pai e no filho (v.11), a olhar para as obras realizadas por Jesus e entender que elas são de origem divina; este é o ponto que se deve levar em consideração para entender o que Jesus está falando (v.12): fé em Jesus para realizar as mesmas obras, e até maiores do que as que ele fez neste mundo. A questão aqui não são as necessidades ou desejos pessoais dos discípulos que devem ser levadas em consideração, mas sim as petições que fazem ao Senhor em busca dos recursos necessários – físicos, mentais e espirituais – para a realização da obra de Deus. O propósito final da obra é a glorificação do Pai através do Filho e, por isto, as orações devem ser feitas em nome de Jesus.
Orar é parte intrínseca da vida cristã. Alguns cristãos pedem conforto pessoal, prosperidade material e justiça contra seus inimigos; pedem em nome de Jesus e prometem que serão pessoas melhores se conseguirem suas petições. Outros pedem saúde para si, a queda de governos injustos, proteção para os bens que com tanto esforço amealharam. Outros pedem iluminação para cuidar dos seus problemas financeiros ou familiares (ou ambos), da direção para uma mudança de endereço ou de profissão. Muitas destas orações caem no vazio, ficam no “ar” e podem até amargurar a alma. Na carta de Tiago encontramos uma resposta para esta situação: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tg 4.3).
É fato que não sabemos orar como convêm (Rm 8.26), no entanto temos uma diretriz a ser considerada: a glória de Deus. Assim sendo, antes de orar deveríamos perguntar a nós mesmos: Em quê isto glorifica a Deus? Como este meu pedido ajudará na obra e na expansão do reino? Como isto exaltará o nome de Cristo diante das outras pessoas?
Tenho certeza que se você pedir paciência para suportar alguém que está entristecendo sua alma, Deus concederá porque servirá de bom testemunho para aqueles que estão ao seu redor; se você pedir orientação para seus relacionamentos, tenho certeza que o Senhor o iluminará através de sua Palavra e lhe dará o rumo certo para que tome as decisões corretas; se pedir intrepidez para pregar o evangelho tenho convicção que o Senhor o usará na expansão de seu reino, pois isto e todas as demais coisas semelhantes a estas engrandecem a Deus e fazem com que seu nome seja glorificado.
Deus ouve todas as orações. Ele não quer barganhar com ninguém, mas quer abençoar quem de fato deseja honrá-lo e glorificá-lo. Não deixe de orar, nem de suplicar por suas necessidades físicas, emocionais e espirituais. Deus sabe do que você necessita e, como bom Pai, não deixará você passar necessidade. Ore pedindo por sabedoria e outros dons que engrandeçam o nome de Deus através de sua vida. Seja bênção de Deus na vida das pessoas que estão ao seu redor.
Vamos orar em nome de Jesus?
Um bom e abençoado dia!
Rev. Joel