“Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim” – Jó 25 a 27.
O livro de Jó retrata o homem que é provado por Deus. A história gira em torno deste homem profundamente religioso, que fazia suas orações, que intercedia pela prosperidade e proteção dos seus filhos, que vivia de forma boa e justa; também registra um fato importante que devemos considerar: coisas ruins acontecem com pessoas boas. O propósito desta narrativa é mostrar que do Senhor procede o bem e o mal, as bênçãos e as aflições, e que firmados na fé podemos superar nossas tristezas e angústias.
Dentre tantos assuntos tratados no livro de Jó como justiça, pecado, amizade, casamento, lamúrias e outros, destaca-se nos versos bíblicos acima a questão da fé no redentor – Cristo Jesus – fé que só o Senhor pode dar aos seus escolhidos.
A história de Jó registra como ele perdeu seus bens e seus sete filhos e três filhas em um só momento. Apesar desta desgraça toda, Jó estava consolado porque sabia que isto procedia do Senhor (1.21-22 – Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!). Não bastasse esta aflição, surgiram-lhe tumores malignos da cabeça aos pés (2.7); sua esposa percebeu que o Senhor pesou sua mão sobre eles, e o orientou a amaldiçoar a Deus e morrer (2.9). Apesar da dor e da tristeza profunda que se abateu sobre Jó ele se manteve firme na fé (2.10 – Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios). Por fim, como a última pá de cal, amigos vieram lhe visitar. Jó abriu seu coração, se lamuriou do ocorrido e seus amigos o julgaram severamente. Os capítulos 3 a 41 apresentam a angústia de sua alma, seus pensamentos mais profundos e contraditórios, suas amarguras em relação aos amigos, ao seu próprio sofrimento e ao Senhor.
Jó soube o que era sofrer. Depois de ser duramente provado e reafirmar sua fé naquele que poderia redimir sua vida, o livro termina com uma epifania a respeito de quem é Deus (sensação profunda de realização, no sentido de compreender a essência das coisas. Ou seja, a sensação de considerar algo como solucionado, esclarecido ou completo) e declara: Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem (Jó 42.5).
Jó é um exemplo a ser seguido nesta questão de fé no Redentor Jesus. Por maiores que sejam as tribulações, as tristezas, as angústias, as agruras e ansiedades que possamos passar e suportar, elas não serão jamais maiores que nosso Redentor. Ainda que a morte bata a nossa porta, nossa fé nos fortalece para aceitar a perda de entes queridos e até mesmo para acolhê-la tranquilamente em nossa própria existência porque entendemos que ela é o meio pelo qual começaremos uma nova vida ao lado do nosso amado Redentor. É isto que cremos, ensinamos e vivemos para a glória de Deus!
Tenha fé! O nosso redentor vive!
Uma boa e abençoada semana.
Rev. Joel