“Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas” – Salmo 17.8
Gosto do livro de Salmos pelo conjunto da obra. Sua estrutura poética, suas metáforas, a maneira como os salmistas abrem suas almas diante de Deus e dos homens; identifico-me com seus sentimentos de raiva e impotência, suas explosões de alegria, suas dores entranhadas; digo “amém” à invocação do único e verdadeiro Deus, às súplicas, aos pedidos de ajuda – tudo inspira para o momento de oração solitária na presença do Senhor (Mt 6.6).
O verso acima transcrito retrata a intensidade do temor que o salmista sentiu em algum momento de sua vida e seu desejo de reparti-lo com a comunidade de Israel para fins educacionais. A autoria deste salmo é atribuída ao rei Davi e pode retratar o período em que fugia da presença de Saul. No entanto, como eram muitos os seus inimigos (inclusive seu filho Absalão), bem poderia se referir a qualquer outro momento do seu reinado.
De forma geral, esta oração serve para qualquer pessoa que se vê perseguido, oprimido, e que imagina estar cercado por pessoas que desejam o seu mal; é para todo aquele que se vê preso, sem saída e sem a menor possibilidade de fazer algo por si mesmo além de confiar no socorro divino.
Retornando ao verso em questão, o autor usou duas metáforas lógicas e de conhecimento geral: a reação imediata das pálpebras para proteger o olho, e o acolhimento que a ave faz aos seus filhotes em perigo. Davi transformou palavras em imagens inteligíveis e, assim, ofereceu profundidade ao que desejava compartilhar. Sua profissão de fé na ação de Deus é principalmente visível no verso 15: “Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança“, onde fica evidente que ele confiava no Senhor durante a vida física e depois dela.
É muito agradável pensar e crer que Deus age desta forma em relação aos seus amados: na hora da dificuldade ele protege, e no momento do temor ele acolhe em seus ternos e eternos braços.
Você confia na proteção do Senhor?
Um bom e abençoado dia!
Rev. Joel