Quais são os seus desejos? O que você gostaria que Deus lhe concedesse? (4).
Não é uma resposta tão fácil como parece. Há quem queira ganhar sozinho na loteria, ou quem deseje recuperar a saúde física, ou quem gostaria de se ver livre das drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.
O salmista entendia que o problema da insatisfação do povo de Deus estava naquilo que os malfeitores conseguiam ou da vida desregrada que os iníquos levavam (1). Parece que o motivo dos desejos deles era a inveja, e tê-los como parâmetros de felicidade e perfeição era e é um grande erro, pois o que lhes estava e está reservado não é nada agradável (2, 9, 10, 15, 17, 20, 35-36, 38).
Diante disto, o salmista revelou o que o fiel deveria desejar ardentemente: Agradar ao Senhor (4-5). E como isto seria possível? Como agradar ao Todo Poderoso? Colocando a confiança somente nele, fazer o bem prevalecer, habitar sossegadamente e firmar-se na verdade (3). O que aconteceria se isto for feito? O fiel seria destacado como alguém especial que desfrutava da benesse divina (6). É bem verdade que a prosperidade do ímpio e do malfeitor era algo irritante e ao mesmo tempo desconcertante naquela época, e que isto também se aplica aos nossos dias (7-8). Porque Deus permite isto? Porque Ele tem um propósito que desconhecemos, porém, sabemos qual será o fim eterno deles (9). Segundo o salmista, nossa conduta deve ser descansar no Senhor, não permitir que nossa alma se contamine com a ira e a indignação, e não ficarmos impacientes porque o tempo deles é curto (10).
Para aqueles que imaginam que ter muito dinheiro seria a resposta, o salmista cita um adágio popular que conhecemos com uma pequena variação: “mais vale o pouco com Deus do que o muito sem ele” (16).
O desejo do nosso coração deveria ser, estar e permanecer no centro da vontade de Deus. Fazer exatamente o que ele ordena e submeter-se docilmente à sua voz conduz o fiel a dias de sustento nas horas de dificuldade (17, 28), à certeza de que há uma herança a ser recebida no futuro (18, 29), de honra no tempo do mal (19). Há promessa de sustentação e de que, se porventura o fiel vier a cair, que o próprio Senhor lhe estenderá a mão (23-24). Para reforçar, o salmista apelou para sua idade avançada e memória afiada afirmando que em toda a sua vida não viu um justo ser desamparado nem sua descendência mendigar o pão (25) porque ele sabia e acreditava piamente que do Senhor vinha a salvação dos justos (39).
O desejo do meu coração é viver para o Senhor, no Senhor e com o Senhor; meu desejo é fazer aquilo que lhe apraz e, assim, minha existência terá cumprido seu sentido e significado neste mundo que é glorificar a Deus.
Qual o desejo do seu coração?
Um bom e abençoado dia!
Rev. Joel