O salmista achava-se enfermo no corpo e na alma. Ele acreditava que estava sendo punido pelo Senhor por ter cometido pecados, isto é, ter feito aquilo que desagradava a Deus. Ele descreve a fraqueza de seu corpo, como a doença o envolveu e o sobrecarregou afetando não somente o físico, mas também o emocional e o espiritual (v.1-7). Na sua dor, na sua angústia, na sua tristeza profunda o salmista recorre a Deus (v.8-9). Como qualquer pessoa que passa por uma grave enfermidade, o salmista desejava ardentemente sarar, ser restaurado integralmente: corpo, mente e espírito.
O v. 10 deixa a impressão de que ele estava à beira da morte, com o coração acelerado, fraqueza generalizada, sensação de escuridão que precede a morte. Sua doença parece ser contagiosa, pois há um distanciamento social – e emocional – em relação aos amigos e parentes (v.11). Aparentemente eles esperavam um breve desfecho, pois falam de como dar fim ao sofrimento do salmista. Estes dois versos são muito atuais em vista da pandemia que atravessamos, onde alguns se encontram nesta mesma condição de “semimorto”, que ouvem os profissionais de saúde “decidindo” sobre quem tem mais condições de sobreviver (v.12-14).
O que resta para o salmista? O que resta para o pecador que sofre as angustiantes conseqüências de seus erros? O que resta para quem está às portas da morte? Todos têm em comum a certeza de que, humanamente falando, é impossível se livrar do peso do pecado ou da pesada mão do Senhor. Resta, então, buscar ao Senhor, clamar por socorro, confiar na misericórdia do Todo Poderoso (v.15). Não importa quão difícil seja a situação, nem a quantidade de pessoas desejando o seu mal, nem a grandiosidade do pecado cometido (v.16-20); o que realmente importa é buscar a Deus, é implorar por seu perdão, é clamar por sua proteção e presença, é estender a mão em sua direção na certeza de que ele pode alcançará (v.21-22).
Vamos buscar ao Senhor?
Um bom e abençoado dia!
Rev. Joel