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Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” – Cl 1.13

 

A frase título desta pastoral é muito conhecida. Vemos publicada em grandes cartazes diante de lojas, postos, restaurantes e em outros lugares para mostrar a todos que, daquele momento em diante, há um novo dono que implementará mudanças significativas. Além disso, em tempos de campanhas políticas vemos que esta frase está implícita nos discursos que propõe mudanças no atual governo estabelecido com promessas de que, sob nova direção, as coisas serão melhores, mais fáceis, mais produtivas, mais respeitosas.

No texto bíblico acima referido também há uma referência clara sobre a mudança de senhorio. Antes de conhecer a Cristo éramos escravos do pecado – sim, isto mesmo, “escravos”, pessoas que estão ligadas por opressão a uma autoridade, que atendem aos seus apelos, mandos e desmandos, que não conseguem quebrar seus grilhões (algemas) por si mesmos. Por mais que pareça que estas pessoas vivam em liberdade, de fato elas estão cativas de seus pecados e sob a influência do mal ainda que nem se dêem conta disto. 

O que o apóstolo Paulo apresenta é uma idéia desconcertante, pois fala de uma libertação para conduzir a outro cativeiro, sair debaixo de um império para ser vassalo sob outro rei e reino. Além disto, esta libertação nem mesmo foi requerida, solicitada, pedida pelas pessoas que estão no império das trevas  – até mesmo porque elas estão inclinadas a aceitar as coisas como são e estão acomodadas aos prazeres que lhe são concedidos. 

A graça de Deus não pede licença. A graça de Deus não é tolhida por qualquer escravo. A graça não é democrática. A graça é teocrática, é de Deus, o rei, o soberano absoluto, que faz o que lhe apraz – e neste caso é salvar alguns dentre os muitos que estão em trevas. Colocar em liberdade não significa deixar solto, largado aos próprios prazeres e domínio. Muda-se o dono, e a realidade também. Quem é servo, escravo de Deus encontra um governante amoroso, zeloso, protetor e provedor. Agora, sob nova direção, os salvos conseguem ver com clareza de onde foram tirados e para onde irão os que estão em trevas. 

Louvado seja Deus por nos fazer seus escravos! Louvado seja Cristo por nos acolher em seu reino eterno! Antes eu não tinha condições de bendizer e nem tampouco agradar ao Deus verdadeiro, mas agora, liberto do império das trevas, tenho a liberdade para cultuar somente ao Rei dos reis, Senhor dos senhores. 

Continuo como escravo, mas agora em uma condição diferenciada, como filho escolhido e amado, herdeiro do reino (De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus – Gl 4.7). 

Um bom e abençoado dia!

Rev. Joel 

 

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