“E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” – Gn 28.12
Sonhar geralmente é algo bom. É uma atividade cerebral prazerosa que faz bem ao relembrar os lugares que nos impactaram positivamente ou das pessoas que amamos – sejam elas do presente ou do passado.
Existem sonhos que perturbam nosso espírito e a estes costumamos chamar de pesadelo. Atribuímos esta designação porque nos inquietam e provocam em nós reações indesejadas como falar ou mesmo apresentar outros espasmos musculares. Acordar é um alívio; a sensação de que tudo não passou de algo irreal geralmente reconforta e logo este sonho ruim cai no esquecimento.
Se analisarmos o sonho de Jacó podemos ver que ele começou muito bem: a visão de uma escada que atingia o céu, dos seres celestiais majestosos e fulgurantes subindo e descendo por ela oferecem a sensação de paz. O sonho de Jacó ficou ainda mais interessante porque sentiu a presença do Senhor ao seu lado (v.13); as suas palavras traziam uma mensagem de alento e esperança, principalmente para alguém que estava em pleno processo de fuga da presença de seu irmão porque estava jurado de morte (Gn 27.41). Deus renovou a aliança que fez com Abraão (v. 14 e Gn 12.13), e fez uma promessa para Jacó onde sua presença seria protetora e constante (v.15). Porque Jacó acordou e ficou atemorizado? Por que ele entendeu que não foi sonho, mas sim algo real, verdadeiro e intenso. Ele sentiu a presença de Deus naquele lugar (v.16) e reconheceu ser ali a casa de Deus – Betel – a porta dos céus (v.17). Não havia como categorizar aquele encontro como sonho ou pesadelo porque ele aconteceu de fato, ainda que Jacó estivesse dormindo.
Deste evento quero destacar alguns pontos: 1) Deus não dorme em momento algum (Sl 121.4); 2) As promessas de Deus eram para Jacó e sua descendência – o povo de Israel – do qual fazemos parte espiritualmente; 3) Deus continua usando anjos para fazer o que lhe apraz; 4) O céu e a terra estão ligados por um mediador (a escada simboliza a Cristo); 5) O Senhor protege e ampara seus escolhidos até o tempo determinado – a volta de Cristo.
Jacó entendeu a seriedade daquele encontro; entendeu que deveria adorar ao Senhor (v.18) e que deveria comprometer-se com aquele que se comprometeu primeiro com ele (v.20-22). Deus revelou a Jacó que ele era seu escolhido e isto não era por uma questão de merecimento, mas sim por amor.
Você já se encontrou com Deus? Já ouviu sua voz e entendeu sua mensagem de boas novas? Já se comprometeu verdadeiramente com o Senhor? Jamais esqueça que as promessas de Deus não são um sonho – elas são reais!
Um bom e abençoado dia!
Rev. Joel