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“… assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele…” – Ef 1.4 

 

Existe uma doutrina bíblica que muitos cristãos não aceitam ou entendem: a predestinação. A resistência está no fato de que este termo é usado apenas pelo apóstolo Paulo, e que a palavra original tem como significado “decidido de antemão, preordenado” e, por isto entendem que é apenas uma linha geral, um “esboço” e não algo definido e definitivo.  Ainda que estas observações estejam corretas, o mesmo não se pode dizer da argumentação sobre a possibilidade de um futuro indeterminado ou exposto às casualidades ou imprevisibilidades. 

Querendo admitir ou não, a Bíblia registra que Deus determinou a vida de cada pessoa (Sl 139.16; Jó 14.5). Precisamos lembrar que Deus é onisciente (conhece tudo), onipresente (está presente em tudo e em todo tempo) e é onipotente (tem todo o poder). Neste último ponto, se Deus pudesse ser surpreendido pelo acaso ou se dependesse de uma ação humana ele não seria Deus, e sim um arremedo como tantas outras divindades criadas pelos homens. 

O apóstolo Paulo não criou uma “nova doutrina”, mas reafirmou aquilo que está nas escrituras e usou uma palavra grega que não tinha equivalência na língua hebraica. No entanto Paulo inseriu uma informação nova que não estava explícita no Antigo Testamento: que as pessoas alcançadas pela graça foram escolhidas em Cristo Jesus. O verbo “escolheu” oferece a idéia de uma ação consciente e específica onde esta escolha não recai sobre todos, e é uma ação exclusiva da parte de Deus Pai que, através da mediação de Cristo, define quem serão aqueles que desfrutarão da eternidade ao seu lado. É uma escolha para si mesmo, destituída de meritocracia, cujos integrantes comporão o seleto grupo dos eleitos (Tg 2.5). 

Qual o propósito de Deus em escolher alguns para a salvação eterna? Paulo, incluído neste grupo, afirma que é para serem “santos” (separados com exclusividade) e andar em santificação de tal maneira que sejam “irrepreensíveis” perante Deus. Paulo fala sobre ser moralmente sem defeito, sem mancha, como um sacrifício perfeito ao Senhor. 

Esta perfeição é inatingível para qualquer humano, a não ser que esteja sob os cuidados e proteção de Cristo Jesus, cujas obras e sangue aperfeiçoam para uma vida inculpável e purificam de todo o mal – o que justifica que a eleição é feita por intermédio de Jesus (nos escolheu nele…).

Seria insensatez querer resumir a totalidade desta doutrina tão importante neste pequeno texto, mas tem este a finalidade de instigá-lo a estudar mais sobre este assunto cujo resultado pode ser a vida ou a morte eterna. 

Você é um dos eleitos de Deus? Tem convicção a respeito disto? Poderia dar razões lógicas da sua fé?

Um bom e abençoado dia!

Rev. Joel

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