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O cristianismo está firmado em Cristo Jesus, a autoridade e a inerrância da Sagrada Escritura. Todo o conhecimento sobre nosso Salvador, o alimento a busca encontra-se na Escritura Sagrada. A salvação em Cristo está anunciada na Escritura Sagrada. Somente a escritura faz parte de uma visão resgatada pela teologia reformada, a Confissão de Fé de Westminster (CFW), por ser esta uma obra-prima da teologia reformada, também fala sobre a Escritura Sagrada e sua autoridade.
A Escritura Sagrada passou por grandes lutas, muitos homens foram mortos para que o mundo tivesse acesso à Bíblia. O inglês John Wycliffe era teólogo e professor na Universidade de Oxford e no ano de 1380 d.C, traduziu do latim para o inglês a escritura. Wycliffe morreu em dezembro de 1384, devido a um derrame cerebral, não conseguiu concluir a tradução da Bíblia. Ele entra nesta lista, porque após 44 anos de sua morte o Concílio de Constança, ordena que seus ossos fossem desenterrados, queimados e jogados no rio, qual foi espalhado pelo rio Swift, na cidade de Lutterworth.
John Hus era um dos seguidores de Wycliffe e promoveu ativamente suas ideias, qual o levou para a fogueira em 1445, com as Bíblias manuscritas de Wycliffe usadas como material para o fogo. As últimas palavras de John Hus foram, “Em 100 anos, Deus levantará um homem cujos pedidos reforma não poderão ser suprimidos”. Quase 100 anos depois, em 1517, Martin Luther ou como conhecemos Martinho Lutero afixou suas famosas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Winttenberg, na Alemanha.
John Colet outro professor de Oxford e filho do prefeito de Londres, traduziu o Novo Testamento do grego para o inglês para seus alunos, e mais tarde para o público da Catedral de São Paulo em Londres, em 1496. As pessoas estavam com tanta fome de ouvir a Palavra de Deus em seu idioma que, dentro de seis meses, havia mais de 20.000 pessoas na igreja e muitas outras do lado de fora, tentando entrar e ouvir a voz do Senhor.
William Tyndale também fora professor em Oxford fluente em sete idiomas, entre eles hebraico e grego, pediu permissão para o bispo de Londres para traduzir o Novo testamento, porém seu pedido fora negado, isso aconteceu no ano de 1523. Para encontrar um ambiente hospitaleiro, ele viajou para Worms, no sudoeste da Alemanha. Lá, em 1525, surgiu a primeira tradução do Novo Testamento do grego para o inglês. As primeiras cópias chegaram à Inglaterra por contrabando, deixando o rei Henrique VIII e os líderes religiosos furiosos. Tyndale começou a trabalhar na tradução do Antigo Testamento, mas foi capturado em uma emboscada em Antuérpia, na Bélgica, antes de ser concluída. Em agosto de 1536, Tyndale foi condenado como herege e levado à cruz em praça pública, onde teve a chance de se retratar. Nesse momento, segundo o historiador inglês John Foxe, ele gritou: “Senhor, abra os olhos do rei da Inglaterra!”. Sua oração foi respondida três anos depois, em 1539, quando o rei Henrique VIII, que autorizou a primeira edição da Bíblia em inglês e ficou conhecida como a Grande Bíblia (Great Bible). A Grande Bíblia incluia parte do trabalho de Tyndale, mas também inclui traduções da Vulgata Latina. Esta versão das Escrituras passou a ser lida em todas as igrejas da Inglaterra.
A Escritura Sagrada contém a voz de Deus, ela é suficiente em si, pois foi inspirada pelo Senhor. Cristo Jesus ensinou através da Escritura. Quando estudamos a escritura, de forma extraordinária somos tocados pelo Espírito Santo para entendermos a vontade de Deus. Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador é apontado desde o antigo testamento até o novo testamento. Estudar a Escritura é ouvir o nosso Senhor. Glória ao Senhor, pois somo chamados para glorificá-lo. A autoridade da Escritura é superior à da Igreja e da tradição, neste sentido a Escritura ensina. A experiência com a escritura é extraordinária e os benefícios que ela nos traz é incomparável. Para os reformadores, e assim para nós, a Bíblia é a revelação direta, viva e pessoal de Deus, acessível a qualquer pessoa. Daí a preocupação de colocar as Escrituras nas línguas vernaculares. Nosso Senhor, falou, fala e falará com os seus através da Escritura Sagrada. A bíblia se explica pela própria bíblia.
A Sagrada Escritura é a rocha sobre a qual o cristianismo se põe de pé. A sua autoridade é porque Deus é revelado nEla. Deus é revelado como o Criador que fala com autoridade para chamar a criação, do nada, à existência. Conforme registro em Gênesis no capítulo primeiro. Na declaração de Fé de Westminster contém uma declaração mais extraordinária sobre a autoridade da Escritura: A autoridade da Escritura

Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou Igreja, mas depende somente de Deus (que é a própria verdade), o seu autor; e, portanto, deve ser recebida, porque é a Palavra de Deus. Nós podemos ser movidos e compelidos, pelo testemunho da Igreja, a um alto e reverente apreço pela Escritura Sagrada; e a sublimidade do assunto, a eficácia da sua doutrina, a majestade do estilo, a concordância de todas as partes, o escopo do seu todo (que é dar toda a glória a Deus), a plena revelação que faz do único caminho da salvação do homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e sua completa perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser a Palavra de Deus; ainda assim, não obstante, a nossa plena persuasão e certeza de sua verdade infalível e autoridade divina provêm da operação interna do Espírito Santo, testemunhando por meio da Palavra e com a Palavra em nossos corações. (CFW 1.4-5). Essas palavras refletem o consenso do pensamento das Igrejas Bíblicas, sobre como devemos entender a autoridade da Escritura. Em suma, a autoridade da Escritura não depende da decisão ou decreto de qualquer igreja ou qualquer homem. Pelo contrário, a Escritura é autoritativa porque é a Palavra do Deus vivo. Por esse motivo declaramos que a Escritura é nossa regra de Fé e Pratica. A Escritura tem toda autoridade pois ouvimos o próprio Jesus nos informando quando diz no evangelho segundo João no décimo capítulo e vigésimo sétimo versículo, “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” A melhor maneira de descrever o modo como conhecemos a Escritura é o testemunho do Espírito Santo dado corporativamente ao povo de Deus. O reconhecimento da Sagrada Escritura como autoridade é devido à ação do Espírito Santo capacitando o povo de Deus a ouvir a sua voz. O livro escrito aos Hebreus no primeiro capítulo e primeiro versículo nos mostra o Senhor falando, “Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,” e mediada por uma surpreendente quantidade de escritores humanos, como afirma a segunda carta que o apóstolo Paulo escreve Timóteo no terceiro versículo, décimo sexto versículo, “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,”. A Escritura é uma mínima parcela do conhecimento da mente do Senhor, ela fala com voz divina, vem da mente divina, como encontramos na segunda carta de Pedro no capítulo primeiro no vigésimo primeiro versículo, “porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” A Escritura tem autoridade, glorifica ao Senhor e Salvador Cristo Jesus, somente Ele é digno de receber toda a glória, honra e poder.
A palavra de Deus é a Escritura Sagrada, não existem erros ou sequer falhas na palavra de Deus. Quando se trata da importância da crença na veracidade da Bíblia, é difícil superestimar a questão. Portanto, a inerrância prova ser uma questão prática para cada crente. Todas as complexidades e debates à parte, a inerrância oferece o fundamento do porquê podemos confiar e obedecer a Palavra de Deus: ela é uma rocha segura em que os cristãos podem construir suas casas em meio a um mundo hostil.
A Escritura nos ensina sobre Cristo Jesus, no Senhor e Salvador, que sua sede e fome de conhecer a palavra, deleitar-se na palavra e viver a palavra cresça dia após dia. Ao conhecer a Escritura conheceremos a Cristo e ouviremos a voz do Senhor.
Que o Senhor abençoe a todos nós e neste dia da bíblia, possamos conhecer mais e mais ao Senhor ao deleitar-se na inspiração divina. Deus seja Louvado!

Rev. Cristiam Matos

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